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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Egito e os milhares de heróis da revolução e Vídeo "Uma Força Estrranha no ar" ?

Egito e os milhares de heróis da revolução: " http://blogdosakamoto.com.br/

Após 18 dias de protestos, o ditador egípcio Hosni Mubarak renunciou nesta sexta pondo fim a 30 anos de poder. O país tem importância estratégica. Tem um dos maiores exércitos profissionais da região, possui localização estratégica (entre a África e a Ásia, o Índico e o Mediterrâneo, com o canal de Suez encurtando distâncias), é – até agora – um parceiro importante de Washington, mantendo relações cordiais com Tel-Aviv. A praça Tahrir, no centro do Cairo, que foi o epicentro da revolta popular, entrou em uma festa que rompeu a madrugada e seguiu por este sábado. Afinal de contas, não é todo o dia que o povo consegue derrubar um ditador de forma pacífica.
Os militares assumiram o poder, prometendo uma transição rápida ao governo civil. Como a democracia será consolidada é uma incógnita. Há muitas variáveis envolvidas e a construção de instituições é um processo lento e que demanda confiança dos envolvidos. Esperemos que esse sentimento de união nacional e entendimento seja mantido para fazer frente ao desafio de tirar 40% da população de uma pobreza de menos de R$ 3,50 por dia. Pois foi exatamente a incapacidade de dar respostas econômicas e sociais à essa situação (enquanto levantamentos apontam que os Mubarak amealharam uma fortuna de US$ 40 bi ao longo do período no poder) o estopim que explodiu as ruas das maiores cidades do país.
Apesar de apoiar governos alguns bisonhos até quase o fim para cumprir sua política de Estado, Washington salta fora do barco antes que ele naufrague por completo. No caso da Indonésia, para citar outro exemplo, a então secretária de Estado Madeleine Albright veio a público sugerir que o ditador Suharto deixasse o poder após os protestos terem ganhado as ruas do arquipélago em 1998. Traduzindo: “Mermão, agora é contigo”. Foi o que se repetiu agora. Outro atores, mesma saída.
Escrevi neste espaço, há exatas duas semanas, que a pressão popular levaria os Estados Unidos a retirarem seu apoio. Ontem e hoje já tive a oportunidade de ouvir e ver alguns “especialistas” creditarem a queda de Mubarak a uma decisão do governo Obama, por ter removido o suporte ao regime, como se a própria chancelaria norte-americana não tivesse mudado de posição ao longo dos dias em decorrência do redemunho formado pela população nas ruas do Egito.
Em seu poema Perguntas de um Trabalhador que lê, Bertold Brecht pergunta: “Quem construiu a Tebas de sete portas? / Nos livros estão nomes de reis. / Arrastaram eles os blocos de pedra?”
Esperemos que os livros de história e nós, narradores da contemporaneidade (não apenas os profissionais, mas todos que têm uma conta de twitter, um blog, uma rádio comunitária ou um jornal mural e, portanto, são tão jornalistas quanto os outros), tenhamos a decência de registrar que não foram reis que derrubaram um ditador, mas os carregadores de pedra. Isso não tem sido o padrão da História, que supervaloriza e mitifica o indivíduo em detrimento ao coletivo quando escrita e passada adiante. Não tiro a importância de pessoas, mas buscamos heróis quando eles, simplesmente, não precisam existir.
Em homenagem ao pessoal da praça Tahrir, posto o poema inteiro do dramaturgo alemão.

Quem construiu a Tebas das sete portas? Nos livros constam os nomes dos reis. Os reis arrastaram os blocos de pedra? E a Babilônia tantas vezes destruída Quem ergueu outras tantas? Em que casas da Lima radiante de ouro Moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros Na noite em que ficou pronta a Muralha da China? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os levantou? Sobre quem triunfaram os Césares? A decantada Bizâncio só tinha palácios Para seus habitantes? Mesmo na legendária Atlântida, Na noite em que o mar a engoliu, Os que se afogavam gritaram por seus escravos. O jovem Alexandre conquistou a Índia. Ele sozinho? César bateu os gauleses, Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo? Felipe de Espanha chorou quando sua armada naufragou. Ninguém mais chorou? Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos. Quem venceu além dele? Uma vitória a cada página. Quem cozinhava os banquetes da vitória? Um grande homem a cada dez anos. Quem pagava as despesas?
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Há uma força estranha no ar ? Uma força da Unidade, do desejo de mudanças, do nascer do Sol da Verdade ?

Realmente há uma força estranha no ar, com tudo que está acontecendo no Oriente...
O Planeta precisa ss preparar para tudo que vem pela frente - o sentimento e desejo de unidade mundial parece começar e é preciso que a compreensão de cidadania mundial   seja inserido nos corações de todos...

Não vai ser fácil, com certeza.

Já vemos uma onda de deslocamento de pessoas para outros países.

Serão bem recebidos?

Mas este processo e inevitável- o mundo está tentando fazer nascer um novo mundo,

Disse Abdu'l- Bahá em Londres,  numa Psalestra no dia 29 de novembro de 1911:

"O chamdo do Reino soou, e o anuncio de que o mundo necessita da Paz Universal  iluminou a consciência do mundo.

Minha esperança é que o através do zelo e  do ardor dos puros de coração, a escuridão do ódio e divergência será totalmente abolida e a luz da unidade há de brilhar; este mundo  tornar-se-á um novo mundo; as coisas materiais se tornarão o reflexo das coisas divinas. os corações humanos se encontrarão e ae aeraçarão uns aos outros; o mundo todo se tornará como a  pátria do homem e as diferentes raças, uma só raça..."

Livro-Palestras de Abd'ul-Bahá em Londres - 1911
pp 26 e 27 -Editora Bahái do Brasil


Escutemos esta linda canção com Roberto Carlos e Caetano Veloso cantando em parceria - 2008 - You-Tube

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