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domingo, 27 de janeiro de 2013

Blog - Cidadão do Mundo

Blog - Cidadão do Mundo:

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Repassando esta Postagem do Blog-Cidadão do Mundo para site e depois para outros Blogs. Uma visão bahái sobre a questão da Paz e documentário sobre Martin Luther King..Um abraço ao autor, meu amigo bahá'i há muitos anos jornalista, para mim, Tom Araújo
Sonia Maria



Posted: 25 Jan 2013 08:35 AM PST
Há alguns meses, ao informar sobre o debate final da campanha presidencial nos Estados Unidos, o The Wall Street Journal observou que “o único país mais mencionado (que Israel) foi o Irã, o qual a maioria das nações de Oriente Médio vê como a principal ameaça à segurança da região”.
Os dois candidatos estiveram de acordo em que um Irã nuclear é a maior ameaça à região, se não ao mundo, como Romney sustentou explicitamente, reiterando uma opinião convencional.
Sobre Israel, os candidatos rivalizaram em declarar sua devoção, mas nem assim os as autoridades israelenses se deram por satisfeitas. Esperavam “uma linguagem mais ‘agressiva’ de Romney”, segundo os repórteres. Não foi suficiente que Romney exigisse que não se permitisse que o Irã “alcance um ponto de capacidade nuclear”.
Também os árabes estavam insatisfeitos, porque os temores árabes sobre o Irã se “debateram sob a ótica da segurança israelense, não da região”, e as preocupações dos árabes não foram contempladas: uma vez mais, o tratamento convencional.
O artigo do Journal, como incontáveis outros sobre o Irã, deixa sem resposta perguntas essenciais, entre elas: Quem exatamente vê o Irã como a ameaça mais grave à segurança? O que os árabes (e a maior parte do mundo) acham que se pode fazer diante dessa ameaça, existindo ou não?
A primeira pergunta é fácil de responder. A ameaça iraniana é uma obsessão totalmente do Ocidente, compartilhada por ditadores árabes, embora não pelas populações árabes.
Como mostraram numerosas pesquisas, mesmo que os cidadãos dos países árabes em geral não simpatizem com o Irã, não o consideram uma ameaça muito grave. Na verdade percebem que a ameaça são Israel e Estados Unidos, e vários, muitas vezes maiorias consideráveis, veem nas armas nucleares iranianas um contrapeso para essas ameaças.
Em altas esferas dos Estados Unidos, alguns estão de acordo com a percepção das populações árabes, entre eles o general Lee Butler, ex-chefe do Comando Estratégico. Em 1998 ele disse: “É extremamente perigoso que, no caldeirão de animosidades que chamamos Oriente Médio”, uma nação, Israel, deva contar com um poderoso arsenal de armas nucleares, “que inspira outras nações a tê-lo também”.
Ainda mais perigosa é a estratégia de contenção nuclear da qual Butler foi o principal formulador por muitos anos. Tal estratégia, escreveu em 2002, é “uma fórmula para uma catástrofe sem remédio” e convidou os Estados Unidos e outras potências atômicas a aceitar os compromissos contraídos dentro do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e fazer esforços de “boa fé” para eliminar a praga das armas atômicas.
As nações têm a obrigação legal de levar a sério esses esforços, decretou a Corte Mundial em 1996: “Existe a obrigação de avançar de boa fé e levar a termo as negociações orientadas ao desarmamento nuclear em todos seus aspectos, conforme um controle internacional estrito e efetivo”. Em 2002, o governo de George W. Bush declarou que os Estados Unidos não estão comprometidos com essa obrigação.
Uma grande maioria do mundo parece compartilhar a opinião dos árabes sobre a ameaça iraniana. O Movimento de Países Não Alinhados (MNA) apoiou com vigor o direito do Irã de enriquecer urânio; sua declaração mais recente aconteceu na cúpula de Teerã, em agosto passado.
A Índia, membro mais populoso do MNA, encontrou formas de evadir às onerosas sanções financeiras dos Estados Unidos ao Irã. Executam planos para vincular o porto iraniano de Chabahar, recondicionado com assistência indiana, com a Ásia Central, através do Afeganistão. Também se informa que as relações comerciais se incrementam. Se não fosse pelas fortes pressões de Washington, é provável que estes vínculos naturais tivessem uma melhoria substancial.
A China, que tem estatuto de observadora no MNA, faz o mesmo, em boa medida. Expande seus projetos de desenvolvimento para o Ocidente, entre eles iniciativas para reconstituir a antiga Rota da Seda para a Europa. Uma linha ferroviária de alta velocidade conecta a China com o Cazaquistão e além. É provável que chegue ao Turcomenistão, com seus ricos recursos energéticos, e que se conecte com o Irã e se estenda até a Turquia e a Europa.
A China também tomou o controle do importante porto de Gwadar, no Paquistão, que lhe permite obter petróleo do Oriente Médio evitando os estreitos de Ormuz e Malaca, saturados de tráfico e controlados pelos Estados Unidos. A imprensa paquistanesa informa que “as importações de petróleo cru do Irã, dos estados árabes do Golfo e da África poderiam ser transportadas por terra até o noroeste da China através deste porto”.
Em sua reunião de agosto, em Teerã, o MNA reiterou sua velha proposta de mitigar ou pôr fim à ameaça das armas nucleares no Oriente Médio estabelecendo uma zona livre de armas de destruição em massa. Os passos nessa direção são, sem dúvida, a maneira mais direta e menos onerosa de superar essas ameaças, o que é apoiado por quase o mundo inteiro.
Uma excelente oportunidade de aplicar essas medidas se apresentou recentemente, quando se planejou uma conferência internacional sobre o tema em Helsinki.
Foi realizada uma conferência, mas não a que estava planejada. Só organizações não governamentais participaram da reunião alternativa, organizada pela União pela Paz, da Finlândia. A conferência internacional planejada foi cancelada por Washington em novembro, pouco depois que o Irã concordou em comparecer.
A razão oficial do governo Obama foi “a turbulência política na região e a desafiante postura do Irã sobre a não proliferação” segundo a agência Associated Press, junto a uma falta de consenso sobre como enfocar a conferência. Essa razão é a aprovada referência ao fato de que a única potência nuclear da região, Israel, se negou a comparecer, alegando que a solicitação para fazê-lo era “coerção”.
Aparentemente, o governo de Obama mantém sua postura anterior de que “as condições não são apropriadas, a menos que todos os membros da região participem”. Os Estados Unidos não permitirão medidas para submeter as instalações nucleares de Israel a inspeção internacional. Também não revelará informação sobre “a natureza e alcance das instalações e atividades nucleares israelenses”.
A agência de notícias do Kuwait informou imediatamente que “o grupo árabe de Estados e os estados membros do MNA concordaram em continuar negociando uma conferência para o estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio, assim como de outras armas de destruição em massa”.
Recentemente, a Assembleia Geral da ONU aprovou, por 174 votos a seis, uma resolução na qual convida Israel a aderir ao TNP. Pelo não, votou o contingente acostumado: Israel, Estados Unidos, Canadá, as Ilhas Marshall, Micronésia e Palau.
Dias depois, em dezembro, os Estados Unidos realizaram um teste nuclear impedindo, uma vez mais, aos inspetores internacionais, o acesso ao local do teste, em Nevada. O Irã protestou, assim como o prefeito de Hiroshima e alguns grupos pacifistas japoneses.
Claro que, para estabelecer uma zona livre de armas atômicas, se requer a cooperação das potências nucleares: no Oriente Médio, isso incluiria os Estados Unidos e Israel, que se negam a cooperar. O mesmo acontece em outros lugares. As zonas da África e do Pacífico aguardam a aplicação do tratado porque os Estados Unidos insistem em manter e melhorar as bases de armas nucleares nas ilhas que controla.
Enquanto se levava a cabo a conferência de ONGs em Helsinki, em Nova York se realizava um jantar com o patrocínio do Instituto sobre Políticas sobre o Oriente Próximo, de Washington, ramificação do conselho israelense.
Segundo uma matéria entusiasta sobre essa “cerimônia” na imprensa israelense, Dennis Ross, Elliott Abrams e outros “ex-conselheiros de alto nível de Obama e Bush” asseguraram aos presentes que “o presidente atacará (o Irã) se a diplomacia não funcionar”: um presente de festas de fim de ano muito atrativo.
É difícil que os estadunidenses estejam cientes de como a diplomacia voltou a falhar, por uma simples razão: virtualmente não se informa nada nos Estados Unidos sobre o destino da forma mais óbvia de lidar com “a mais grave ameaça”: estabelecer uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio.
*Noam Chomsky é professor emérito de linguística e filosofia no Instituto Tecnológico de Massachusetts, em Cambridge. O novo livro de Noam Chomsky, Power systems: conversations om global democratic uprisings and the new challenges to US empire (Sistemas de poder: conversas sobre as rebeliões democráticas globais e os novos desafios ao império estadunidense) será publicado em janeiro.
Fonte: Agência Carta Maior

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Posted: 25 Jan 2013 08:31 AM PST
“Querida, eu sinto muito sua falta. Na verdade, muito para meu bem. Eu nunca havia percebido que você era parte tão íntima de minha vida”, escreve um jovem estudante de pós-graduação, Martin Luther King Jr., à sua amada, Coretta Scott. Eles separaram-se por alguns meses porque Martin teve que ir a Atlanta após seu primeiro ano como estudante PhD na Escola de Teologia da Universidade de Boston. A carta de Martin começa por partilhar a saudade que ele sente. Afiando a oratória que capturaria a consciência de uma nação, escreve Martin: “minha vida sem você é como um ano sem primavera, que vem iluminar e aquecer a atmosfera saturada pela gelada brisa do inverno”.
Voltando-se para “algo mais intelectual”, Martin indica que havia terminado de ler o “fascinante” livro de Bellamy. Em abril de 1952, Coretta o enviou uma cópia do romance socialista de Edward Bellamy, Looking Backward 2000-1887. Ela registrou o presente com uma nota expressando seu interesse pela reação de Martin à “predição de Bellamy sobre nossa sociedade”. Escrito em 1888, o romance de ficção-científica se passa no ano 2000. A protagonista da obra, Julian West, acorda de um cochilo de 130 anos para perceber que os Estados Unidos haviam se transformado numa sociedade socialista. West oferece uma crítica assombrosa das práticas religiosas do século XIX:
Na melosa carta de amor de julho de 1952, Martin agradece Coretta “um milhão de vezes” por tê-lo apresentado a um livro “tão estimulante”. Após caracterizar Bellamy como um “profeta social”, Martin faz uma confissão notável: “eu sou mais socialista do que capitalista em minha teoria econômica”. Ele continua por dizer que o capitalismo durou mais tempo do que deveria. Para o jovem estudante, o capitalismo é “um sistema que toma necessidades das massas para oferecer luxúrias às classes abastadas”. No entanto, Martin acredita que a profecia de Bellamy é prematura porque “o capitalismo vai precisar de mais de meio século para morrer”. King celebra a nacionalização da indústria que se dá no romance. Ao passo que rejeita o marxismo e o materialismo dialético, ele divide com sua futura esposa que concorda com a tese básica de Bellamy.
O Reverendo Martin Luther King Junior
A casa de King em Sweet Auburn sempre foi atuante na política racial e no radicalismo religioso. Seu pai, o venerável “Papai” King, fundou, em Sweet Auburn, a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor e trabalhou para melhorar as condições educacionais do povo negro de Atlanta. O avô e bisavô de King eram pregadores do evangelho que criam que a igreja deve melhorar a situação social da população.
Formado pelo cristianismo social negro segundo o qual a cristandade deve ocupar-se tanto da salvação pessoal quanto da social, King cresceu imerso na tradição dos clérigos estadistas – Benjamin Mays, Mordecai Johnson e Howard Thurman. Thurman, Mays e Johnson fizeram peregrinações para a Índia para estudar os ensinamentos de Mahatma Gandhi. Eles eram grandes referências para o jovem estudante do Morehouse College. King sempre viajou com uma cópia da reprimenda teológica de Howard Thurman à segregação – Jesus e os Deserdados. Como pós-graduando da Universidade de Boston, King conduziu, além da própria peregrinação à Índia, um seminário sobre a filosofia da não-violência.
Mais para o final da carta, King afirma uma visão profética. Com esperança, trabalho e oração, King aspirava por “um mundo sem guerras, uma melhor distribuição da riqueza, e uma irmandade que transcenda a raça e a cor. É este o evangelho que pregarei para o mundo”.
O furacão da história testaria a resolução do jovem teólogo. Do boicote aos ônibus em Montgomery à marcha de Washington, da campanha de Birmingham até o Prêmio Nobel da Paz, King manteve firme seu comprometimento com a não-violência e o cristianismo social negro. Em 30 de setembro de 1961, King proferiu um sermão com o tema “Pode um cristão ser um comunista?” em sua igreja batista. No sermão, Martin levantou a questão da desigualdade. “Ninguém precisa ser comunista para se preocupar com isso. Eu digo a vocês que só 0,1 por cento da população desta nação controla quase metade da riqueza, e eu não me importo de dizer que há algo de errado nisso”.
Com Lincoln vigiando os nobres herdeiros da Proclamação da Emancipação, o Reverendo Martin Luther King Junior deu testemunho para uma nação que impacientava-se com a opressão racial e econômica. Durante o agora onipresente discurso “Eu Tenho um Sonho”, King articulou a “feroz urgência do agora”. Ele insistiu em apontar que os Estados Unidos não poderiam contentar-se enquanto o a mobilidade social do “povo negro é aquela que vai de um gueto menor para um gueto maior”.
No celebrado discurso contra a Guerra do Vietnã, King lembrou-se de Coretta e falou de seu evangelho para o mundo. No dia 4 de abril de 1967, Martin subiu ao púlpito da catedral do Protestantismo Liberal – a Igreja de Riverside. De maneira vagarosa e triste, ele apelou para que sua nação se libertasse de sua desorientada aventura no Sudeste Asiático:
“eles perguntam-me, ‘por que você está falando da guerra, Dr. King? Por que você se junta ao coro dos descontentes? Você não se vê prejudicando uma causa que pertence a seu próprio povo?’ E, quando eu os escuto, apesar de conhecer a origem dessa inquietude, me vejo muito entristecido. Essas perguntas significam que eles não conhecem a mim, meu compromisso, meu chamado… À luz dessas trágicas incompreensões, eu julgo de suma importância expor com clareza a razão pela qual creio que o caminho iniciado na Igreja Batista da Avenida Dexter – a igreja em Montgomery, Alabama, onde comecei meu pastorado – trouxe-me até aqui. Eu estou aqui para fazer um apelo apaixonado para minha querida nação”.
A justiça econômica segundo Martin Luther King
Um dos movimentos mais ardentes de seu discurso sublinha os impactos da Guerra do Vietnã na “Guerra à Pobreza”. Um ano antes de seu discurso, King atentou para a pobreza que o norte dos Estados Unidos atravessava. Compreendendo que o fim da segregação nas lanchonetes era só parte da solução, King é citado por colegas por ter dito que, após chegar a uma lanchonete, o homem precisa de dinheiro para comprar um hambúrguer. Acabar com a segregação, de acordo com King, não custou um centavo à nação, que deveria agora gastar muito dinheiro com programas de combate à pobreza.
Em 1966, King mudou-se para um conjunto habitacional no gueto de Chicago. A intenção de King e de sua organização, a Conferência dos Líderes Cristãos do Sul (SCLC, do inglês), era a de usar a “força moral do movimento de não-violência para erradicar um sistema perverso que procura continuar colonizando milhares de negros num ambiente miserável”. A campanha levou King a enfrentar a pobreza urbana e a privação econômica. A contar desse momento, Martin trouxe para sua crítica à Guerra do Vietnã a conexão com a pobreza dos guetos estadunidenses.
“Há uma conexão muito óbvia entre a Guerra do Vietnã e a luta que empreendemos nos Estados Unidos. Há alguns anos essa luta conheceu um momento brilhante. Parecia haver uma verdadeira esperança para o povo pobre, seja ele branco ou negro, em virtude do Programa Contra a Pobreza. Então, veio o Vietnã. Os fundos necessários não serão investidos enquanto aventuras como a do Vietnã continuarem a puxar homens e dinheiro como um tubo de sucção demoníaco. Eu tornei-me, pois, obrigado a enxergar a guerra como uma inimiga dos pobres”.
Pouco mais de um mês após esse discurso, King foi à NBC participar do “The Frank McGee Sunday Report”. Lá, o Reverendo acrescentou sua voz à dos dissidentes com base em sua convicção moral e sua obrigação ministerial. Durante a entrevista, ele recusou a acusação de que o movimento pelos direitos civis estava morto. King argumentou que o movimento havia entrado numa nova fase – a da justiça econômica.
“Por 12 anos nós lutamos para contra a segregação legal e toda a humilhação que a cercava. Era uma luta por decência. Agora nós buscamos igualdade genuína enfrentando questões sociais e econômicas duríssimas. É bem mais fácil pôr fim à segregação nas lanchonetes do que garantir um salário. É bem mais fácil pôr fim à segregação nos ônibus do que conseguir um programa que force o governo a gastar bilhões de dólares em bairros miseráveis”.
Após reconhecer o número desproporcional de afro-americanos morrendo nos pântanos vietnamitas, King comenta que afro-americanos também morriam, espiritual e psicologicamente, nos guetos estadunidenses.
O Reverendo não somente dizia “não” à segregação, também à injustiça econômica. Essa foi sua última cruzada. Tendo contado com o apoio do governo federal para alcançar os objetivos do movimento pelos direitos civis, a nova fase do movimento desafiava o governo a dedicar bilhões de dólares para acabar com a pobreza. Com esse objetivo, King e a SCLC lançaram a Campanha do Povo Pobre. Em 1968, a Campanha do Povo Pobre questionava por que as grandes corporações tinham lobistas, enquanto 35 milhões de pessoas vivendo na pobreza não. Com a montagem de uma coalizão multirracial pelo povo pobre, a campanha planejava ir a Washington e ocupar a capital nacional até que o Congresso aprovasse uma lei garantidora de renda.
Em seu último livro, Where Do We Go From Here: Chaos or Community? [Para onde vamos daqui: caos ou comunidade?], King deu voz a ainda mais uma possibilidade socialista e democrática. “Eu estou convencido de que a abordagem mais simples se provará a mais efetiva – a solução para a pobreza é sua abolição imediata por uma medida já muito discutida: a renda garantida”, escreveu King. Durante uma de suas últimas reuniões, ele pediu para que desligassem o gravador e disse que era um socialista democrático, apesar de que poderia dizê-lo em público sem perder ainda mais apoio popular.
Com a bala do assassinato já polida e pronta para encher a nação de cólera, King foi ao púlpito sagrado do pentecostalismo negro. Em defesa dos trabalhadores do saneamento, King disse uma palavra sobre o próprio legado. Sempre ligando os pontos, ele fez um pedido aos que o escutavam na Igreja de Deus em Cristo de Mason Temple. Ele disse que duas grandes corporações, Coca-Cola e Wonder Bread, não estavam tratando como deveriam as crianças de Deus. E, então, solicitou um boicote econômico a essas companhias. Em Trumpet of Conscience [Trombeta da Consciência], King instigava a organização de deslocamentos em massa que ressaltassem a injustiça econômica.
Muito após o silenciamento do profeta norte-americano, suas palavras mantém uma precisão assustadora. Nos últimos dois anos, cidadão comuns de todo mundo – Egito, Palestina, Tunísia, Wall Street, Grécia, Paris e Londres – carregaram suas palavras e seu espírito enquanto arriscavam as próprias vidas para libertarem-se da tirania e da pobreza.
*O Reverendo Osagyefo Sekou é escritor, documentarista, teólogo e intelectual público. Considerado um dos maiores líderes religiosos de sua geração, Sekou é o fundador da Igreja da Liberdade de Nova York.
Tradução de André Cristi
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