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(título desconhecido): DE BESTIALIZADOS A CIDADÃOS Maria Lucia Victor Barbosa socióloga, Professora da Universidade Estadual de Londrina
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DE LONDRINA PARA TODO BRASIL !
(título desconhecido): DE BESTIALIZADOS A CIDADÃOS Maria Lucia Victor Barbosa socióloga, Professora da Universidade Estadual de Londrina
O chamamento pela Internet que culminou no movimento popular do sete de setembro, especialmente em Brasília, levou milhares de pessoas a protestar durante o desfile oficial.
Foi um evento que não pode ser analisado superficialmente, mesmo porque, para entender o presente é preciso recuar até ao passado.
Num pequeno artigo seria impossível historiar o que se passou no Brasil desde sua descoberta, como fiz em um dos meus livros, “América Latina – em busca do paraíso perdido”, mas, pelo menos, podemos recortar no tempo alguns acontecimentos históricos e políticos importantes:
A vinda da corte portuguesa, em 1808, e o modo como se realizou a independência em sete de setembro de 1822, trouxeram várias consequências.
Em primeiro lugar a presença da família real fortaleceu a unidade política do colosso territorial, ao contrário do Império Espanhol que se fragmentou em várias nações entre 1810 e 1838.
Segundo, apesar de alguns movimentos importantes, mas isolados, a independência foi obra do príncipe regente e de minorias políticas enquistadas nos bastidores do poder.
Não houve, pois, o sentimento nacionalista que marcou os episódios libertadores das colônias espanholas, sentimento que no nosso caso foi substituído por meros interesses individualistas que nada tinham a ver com percepção de pátria ou ideal de bem comum.
Foram também a partir de 1808, que se instalaram no Brasil de uma vez por todas as características do velho Estado português, que em terra nova não perderia sua essência patrimonialista magistralmente explicada por Raymundo Faoro em sua obra, “Os donos do poder”:
“Os reis portugueses governaram o reino como a própria casa, não distinguindo o tesouro pessoal do patrimônio público”.
Era um Estado também corrupto na medida em que para tudo se dependia dele, do seu excessivo quadro de funcionários, da morosidade típica da burocracia, correndo soltas as propinas para aligeirar licenças, fornecimentos, processos, despachos, etc.
Nas entranhas do desajeitado e ineficiente Leviatã conduzido por D. João VI traficavam-se influências, negociava-se a coisa pública em proveito próprio.
Imagino que os leitores devem estar notando que a realidade de hoje não difere muito do nosso já distante passado.
Acrescente-se que os fatos mais marcantes da nossa história não contaram com a participação popular.
Por isso, a proclamação da Republica não sensibilizou a massa, nem sequer no Rio de Janeiro, quanto mais nas vastidões afora do país.
José Murilo de Carvalho cita em seu livro, “Os bestializados”, Aristides Lobo, adepto incondicional da nova forma de governo e um dos mais desapontados.
Segundo este, “o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido o protagonista dos acontecimentos, assistiu a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar”.
Muita coisa foi mudando como não poderia deixar de ser. Vários movimentos aconteceram.
Alguns, como as diretas já e o impeachment do ex-presidente Fernando Collor levaram o povo às ruas.
Mas sempre houve lideranças partidárias, sindicais, apoios da Igreja e de estudantes que conduziram multidões.
Em showmícios a massa aplaudia entusiasticamente tanto oradores políticos quanto artistas preferidos do grande público. Na era Lula/PT em que a decadência partidária avança, os valores se extinguem, a corrupção sempre havida é exacerbada de modo impressionante juntamente com a impunidade dos “colarinhos brancos” e a propaganda transforma cidadãos em bestializados, aconteceram fatos que o domínio petista não deve ter digerido bem.
Um deles foi o sonoro não ao desarmamento da população, em plebiscito levado a cabo por ordem de Lula da Silva. Posteriormente, um movimento via internet ajudou a pressionar parlamentares para que a famigerada CPMF, que está prestes a ser ressuscitada pela presidente Rousseff, fosse extinta.
Outros abaixo assinados como aquele a favor da “ficha limpa” ou centenas de artigos e de opiniões críticas ao governo que se entrecruzam em e-mails mostram que, ao contrário dos muitos satisfeitos, por enquanto, com sua situação financeira, uma minoria consciente das classes médias que lê jornais e revistas começa a perceber que a avassaladora corrupção que se espraia por todos os cantos do poder é danosa aos interesses da nação.
Surgiram, porém, criticas entre os próprios internautas. Muitos dizem que não basta escrever, seria preciso agir, ganhar as ruas, expressar publicamente a indignação.
A Internet ficou pulsando até aglutinar um movimento espontâneo que fez do virtual o real, materializando no sete de setembro em vários Estados e, principalmente, em Brasília, milhares de pessoas, sobretudo, jovens, que tiveram como foco o combate à corrupção.
Pela primeira vez um movimento não teve líderes, foi consciente, apartidário, não expressava ideologia tanto de esquerda quanto de direita, não era individualizado, mas em defesa de um objetivo comum.
Digam os críticos desse inédito acontecimento que ele é efêmero e difuso, queiram alguns espertamente se apropriar dele, mas o fato é que brasileiros foram ao desfile de sete de setembro e assistiram a parada militar não como bestializados, mas como cidadãos.
Tomara que esses compatriotas sejam o fermento de uma progressiva transformação rumo à consciência cívica que tanto nos falta.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga. mlucia@sercomtel.com.br www.maluvibar.com.br
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ARTIGO COM ANÁLISE DOS FATOS HISTÓRICOS.
MULHERES EM AÇÃO, CONSCIENTES, CONTRIBUINDO PARA UM AVANÇO NA CONSCIENTIZAÇÃO DOS CIDADÃOS E CIDADÃS SEM MANIPULAÇÃO , SEM INTERESSES POLÍTICOS-PARTIDÁRIOS.
Uma postagem para todos os leitores, ESPECIALMENTE dirigida á MARIA DE LOURDES MONTENEGRO, hoje membro da Comunidade Bahái do Brasil, também
socióloga, e foi Professora de Maria Lucia Victor Barbosa.
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Sou membro da Comunidade Bahái, onde não nos envolvemos na questão político partidário, mas comprometida em noticiar aquilo que deve ser compreendido em todo processo de avanço da sociedade.
A corrupção tem que ser abominada pela sociedade, seja aquele(a) que corrompe ou o (a) que se deixa corromper.
Os escritos Baháis enfatizam a importância da educação das crianças, dos pre-jovens e dos jovens,
voltados para a justiça social, igualdade,cidadania com fundamentos de inserção dos valores éticos e espirituais.
Um dos Slogans Baháis :" A juventude pode mover o mundo "
A manifestação pacifica dos jovens pode dar início a esta movimentação, e mover este país .
A manifestação pacifica dos jovens pode dar início a esta movimentação, e mover este país .
Mas os governantes podem destruir os sonhos, aspirações e desejos dos jovens de construir uma sociedade justa também,pois o que vemos no mundo é a destruição dos jovens em nome de extremismos, corrupção ,injustiças, descaso na educação, aumento do extremos de riqueza e pobreza, violência banalizada,estimulo a alienação.. e especialmente dirigida as mulheres e crianças.E os jovens deram seu recado mesmo.
E está acontecendo em escala mundial.
Vídeo -Sociedade em crise - Comunidade Bahá'i de Portugal
Sônia-Londrina
Olá
ResponderExcluirPaz do Senhor!!
Visitem nosso site!!
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Que o Senhor jesus vos abençoe abundantemente!!!