Diálogo e linguagem religiosa:
Para estabelecer um diálogo é necessário falar a mesma linguagem que o nosso interlocutor. E para uma linguagem ser comum, não basta partilhar de palavras iguais; os significados destas palavras também têm de ser os mesmos.
No caso do diálogo inter-religioso será que temos uma linguagem comum? Em cada religião encontramos conceitos e termos únicos; e também podemos encontrar palavras comuns no vocabulário de diferentes religiões. Mas será que essas palavras comuns significam a mesma coisa?
Será que termos como “revelação”, iluminação”, “pecado”, “inferno” ou “paraíso” têm significados comuns para todos os crentes?
Consideremos as seguintes palavras de Bahá'u'lláh:
O problema surge quando recusamos a validade de outras perspectivas, ou insistimos infundadamente na superioridade da nossa perspectiva.
Quando uma confissão (ou um crente) pretende que se usem estes termos apenas com o significado que lhes é familiar e recusam entender ou aceitar outros significados, então que diálogo inter-religioso poderemos ter?
Quando se tenta descrever as outras religiões com a nossa própria linguagem religiosa (em vez de usar as linguagens dessas religiões) que espécie de diálogo estamos a construir?
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Devemos realmente valorizar esta matéria, esta orientação na nossa prática de apresentar a Mensagem Bahá'i...
Obrigada ao Marco Oliveira- Membro da Comunidade Bahai de Portugal e editor do Blog-Povo de Bahá
Sonia Maria
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Para estabelecer um diálogo é necessário falar a mesma linguagem que o nosso interlocutor. E para uma linguagem ser comum, não basta partilhar de palavras iguais; os significados destas palavras também têm de ser os mesmos.
No caso do diálogo inter-religioso será que temos uma linguagem comum? Em cada religião encontramos conceitos e termos únicos; e também podemos encontrar palavras comuns no vocabulário de diferentes religiões. Mas será que essas palavras comuns significam a mesma coisa?
Será que termos como “revelação”, iluminação”, “pecado”, “inferno” ou “paraíso” têm significados comuns para todos os crentes?
Consideremos as seguintes palavras de Bahá'u'lláh:
Nós, em verdade, viemos por vossa causa e suportamos os infortúnios do mundo para vossa salvação. (Bahá'u'lláh, Epístola Mais Sagrada)A maioria dos Bahá’ís ao ler esta frase tem um entendimento específico sobre a palavra “salvação” e capta um determinado entendimento desta frase. Mas um Cristão pode entender esta palavra noutro sentido, e fazer uma leitura diferente desta frase. Torna-se claro que as leituras que fazemos dos textos sagrados estão sempre condicionadas pela nossa perspectiva, pelo nosso lugar no universo das religiões.
O problema surge quando recusamos a validade de outras perspectivas, ou insistimos infundadamente na superioridade da nossa perspectiva.
Quando uma confissão (ou um crente) pretende que se usem estes termos apenas com o significado que lhes é familiar e recusam entender ou aceitar outros significados, então que diálogo inter-religioso poderemos ter?
Quando se tenta descrever as outras religiões com a nossa própria linguagem religiosa (em vez de usar as linguagens dessas religiões) que espécie de diálogo estamos a construir?
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Devemos realmente valorizar esta matéria, esta orientação na nossa prática de apresentar a Mensagem Bahá'i...
Obrigada ao Marco Oliveira- Membro da Comunidade Bahai de Portugal e editor do Blog-Povo de Bahá
Sonia Maria
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