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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

[Bahá'ís no Irã - Comunidade Bahá'í do Brasil] Documentário pioneiro expõe tabu iraniano centenário

{Bahá'is no Irã -Comunidade Bahá'i do Brasil} -Documentário pioneiro expõe tabu iraniano centenário


Mensagem enviada pela Ascom- ascom@bahái.org.br



LOS ANGELES, EUA., 21 de fevereiro de 2012, (BWNS) – Estreia esta semana em Los Angeles um longa metragem que explora a perseguição aos bahá’ís do Irã. O filme será exibido em todo o território dos Estados Unidos e em outros países.
‘Iranian Taboo [Tabu Iraniano]’ é a obra de um celebrado cineasta holandês-iraniano Reza Allamehzadeh.
“Apesar de ser impedido de entrar na minha terra natal, consegui filmar secretamente no interior do Irã com a ajuda de amigos dedicados que arriscaram suas vidas para filmar as tomadas que eu precisava”, disse o Sr. Allamehzadeh, que não é bahá’í.
“Fiz diversos documentários desafiadores durante minha carreira de cineasta – mas nenhum deles foi tão difícil de fazer como este’”, disse ele.
Iniciando-se no interior do Irã, o filme segue a viagem de uma bahá’í e sua filha de 14 anos que decidem vender todos os seus pertences e deixar o país para se refugiar no Ocidente.
O roteiro mostra também o esforço que a comunidade bahá’í iraniana realizou para educar seus jovens, os quais são impedidos do acesso à educação superior, e – pela primeira vez – dá voz a bahá’ís proprietários de terra que há tempos vêm sofrendo perseguição no povoado de Ivel, na província de Mazandaran, no norte do Irã.
O Sr. Allamehzadeh disse ter decidido intitular o filme de ‘Iranian Taboo’ por perceber que até mesmo os iranianos que creem que os direitos humanos dos bahá’ís devem ser respeitados permanecem em silêncio sobre esse assunto.
“Eu deveria ter iniciado este filme antes”, disse o Sr. Allamehzadeh. “Durante as pesquisas, percebi que todos os diferentes setores da sociedade (classificados por gênero, etnia, língua e religião) estão sob pressão, mas os bahá’ís são vítimas do maior grau de privação. Nem mesmo seus mortos estão seguros e seus cemitérios são atacados. Minha concepção é unicamente focar o aspecto de direitos humanos, e eu quis retratar o quanto os direitos humanos dos bahá’ís são violados.”
Em 2007, o cineasta brasileiro Flávio Azm Rassekh também se propôs a produzir um documentário que apresentasse a realidade da República Islâmica do Irã. Ele chegou inclusive a entrevistar jornalistas nacionais, como Marcia Camargos, Adriana Carranca, Paula Fontenele e Alessandra Meleiro. “Cada uma delas apresentava uma visão diferente do país a partir de suas próprias experiências”, comentou Azm, que ficou satisfeito com a possibilidade de produzir algo com imparcialidade jornalística sobre o Irã, terra natal de seus pais.
Contudo, o projeto precisou ser interrompido. “Fui impedido de colher imagens no Irã para ilustrar as entrevistas do filme por conta das restrições impostas a jornalistas, fotógrafos, documentaristas e profissionais de mídias”, esclarece Azm.
Além da restrição de acesso ao Irã, o diretor Allamehzadeh enfrentou outras dificuldades durante a fase de produção do documentário Tabu Iraniano, que é uma peça de não-ficção. Vivendo como refugiado na Holanda desde 1983, ele teve que batalhar para obter acesso aos entrevistados do filme – que incluem Shirin Ebadi, a primeira iraniana Prêmio Nobel da Paz, e o ex-presidente do Irã, Abolhassan Banisadr.“'Iranian Taboo' é o documentário mais pessoal que eu já fiz, foi um desafio, mas consegui superar os obstáculos”, afirmou.
Outro desafio do projeto foi assegurar entrevistas com políticos, autores e professores universitários iranianos, os quais raramente se manifestaram publicamente sobre a “questão bahá’í” no Irã. Entre eles está Abolhassan Banisadr – o primeiro presidente do Irã após a Revolução Islâmica de 1979.
Também diante das câmeras, a defensora de direitos humanos e ganhadora do Prêmio Nobel, Shirin Ebadi, questiona o impedimento dos bahá’ís de exercer certas profissões. “Para trabalhar... para ganhar a vida honestamente ou obter licença de trabalho, abrir uma sapataria de consertos ou um restaurante não é necessário ser muçulmano”, disse a Sra. Ebadi. “Onde no Islã está escrito que um sapateiro tem de ser muçulmano?”
'Iranian Taboo' estreia na sexta feira 24 de fevereiro em Los Angeles e será exibido nas próximas semanas nos Países Baixos; em Montreal e Toronto, no Canadá; e – nos E.U.A – em Atlanta, Chicago, Orlando, San Diego, San Francisco e Washington D.C. Para informações sobre exibições no Brasil, escreva para info@bflybuzz.com.

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