Powered By Blogger

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Comunidade Bahái do Brasil -Campanhas em defesa de direitos no Irã crescem ao redor do mundo


Blog- http://wwwblogdasboasnovas.blogspot.com repassando matéria.
Z300bahais_pictures


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Jordana Araújo <jordana.araujo@bahai.org.br>
Data: 6 de fevereiro de 2012 19:05
Assunto: [Comunidade Bahá'í do Brasil] Campanhas em defesa de direitos no Irã crescem ao redor do mundo
Para:


Campanhas em defesa de direitos no Irã crescem ao redor do mundo
País do Oriente assume características contrárias aos valores da diversidade humana

Em 15 de janeiro de 2012, a certidão de óbito de Zeinad Ghorbani foi negada a sua família e as autoridades iranianas impediram o seu enterro na cidade de Mashad. No dia seguinte, Naim Baghi, estudante da Universidade de Tecnologia de Isfahan, foi expulso da Universidade. Naquela mesma semana, Bashir Ehsani foi convocado para comparecer à Corte Revolucionária de Teerã, acusado de de perturbar a ordem pública participando de reuniões bahá'ís e de possuir uma antena parabólica em sua casa. Nos três casos, o incidente ocorreu pelo fato de os envolvidos professarem a Fé Bahá'í.

Com mais de 300 mil seguidores, a Fé Bahá・í é a maior minoria religiosa no Irã; no entanto, ela não é reconhecida pelo governo iraniano e, desde o seu surgimento em 1844, sofre perseguição. Em 21 de outubro de 2011, a Comunidade Internacional Bahá'í publicou um relatório que documenta e analisa a campanha sistemática da mídia do Irã relativa à essa perseguição, incluindo 400 itens da imprensa e mídia durante o período de 16 meses que evidenciam falsas acusações, terminologia incitante ao ódio e à violência, além de imagens repugnantes que difamam e demonizam a Fé Bahá'í, sua história e seus seguidores.

Direito à educação

Diversas ações têm surgido em defesa do direito à educação no Irã, iniciadas em diferentes partes do mundo. A campanha ・Education Under Fire [Educação Sob Ataque]" é uma das mais recentes, numa tentativa de chamar a atenção à negativa de acesso educação para os bahá'ís no Irã. A página eletrônica da campanha, que teve origem nos Estados Unidos, permite aos internautas encaminhar uma carta aberta ao Líder Supremo, Aiatolá Sayyid Ali Khamenei, ao Presidente Mahmoud Ahmadinejad e outras autoridades iranianas.

Com o objetivo de fazer cessar os efeitos políticos discriminatórios praticados pelo governo iraniano, Education Under Fire busca promover a conscientização mundial da defesa do artigo 26 da Declaração de Direitos Humanos, que garante o direito à educação como um bem irrevogável de todo ser humano. A meta é alcançar 25 mil assinaturas até maio desse ano. Desde seu lançamento em dezembro de 2011, foram enviadas quase 9 mil cartas.

No dia 14 de outubro de 2011, a campanha produziu um documentário que traz a história do Instituto Bahá'í de Educação Superior Bahá'í (BIHE, da sigla em inglês), entidade sem fins lucrativos criada no Irã em 1987 com o propósito de oferecer educação de nível superior a uma parcela da sociedade marginalizada pelo governo do país. As aulas eram ministradas por professores voluntários (em sua maioria bahá'ís expulsos de seus empregos em faculdades nacionais após a Revolução de 1979) que ofereciam seus conhecimentos para auxiliar os jovens privados do acesso às universidades iranianas por causa de suas crenças religiosas. Após anos de resistência e superação de dificuldades, o Instituto sofreu um ataque orquestrado no qual foram detidos simultaneamente vários de seus colaboradores. Em 18 de outubro de 2011, sete integrantes do corpo docente do BIHE foram condenados a quatro ou cinco anos de prisão, acusados de fazer parte de uma organização ilegal.

Em uma iniciativa similar, jovens alemães e brasileiros se envolveram em um projeto que chamaram de ・Can You Solve This? [Você Pode Resolver Isso?]". A campanha busca oferecer apoio mundial aos jovens iranianos que são impedidos de prosseguir com seus estudos universitários, incluindo bahá'ís, ativistas, membros de articulações de direitos e outros grupos. Em sua página, há um modelo de carta que pode ser encaminhado no idioma do internauta para as autoridades de seu país solicitando ações junto ao governo iraniano para reverter essa situação. Segundo Martin Kummel, um dos idealizadores da campanha, mais de 15.500 cartas foram enviadas em mais de uma dezena de países desde outubro de 2011.

A versão brasileira da campanha ・Você Pode Resolver Isso?" teve seu lançamento em novembro de 2011 na Universidade de Brasília (UnB), onde por três dias os materiais expostos chamaram a atenção dos estudantes, funcionários e professores para a situação no Irã. Aproximadamente 5 mil pessoas tiveram contato direto com a campanha naquela oportunidade, assistindo aos vídeos e ouvindo explicações oferecidas pelos voluntários locais. A expectativa é que a iniciativa se estenda para outras 12 universidades no Brasil durante todo o ano de 2012.

Numa iniciativa individual, o bahá'í estadunidense John Pilz, de 18 anos, aluno do último ano da escola St. Pete High, escreveu um rap contra a situação imposta aos seus companheiros de fé no Irã. "No meu país, eu tenho garantida a educação. No país deles, é necessário enfrentar discriminação, interrogatório e incriminação. São retratados como a própria abominação", diz o rapaz, que já almeja uma vaga em medicina na Universidade de Harvard. "Hoje exigimos que eles ponham fim ao muro de discriminação, interrogatório e incriminação", diz ele. "Hoje, podemos pavimentar o caminho. Isso é o que dizemos: educação para todos!", complementa.

Prisioneiros de consciência

Em agosto de 2010, sete lideranças bahá'ís presas em 2008 foram condenadas a 20 anos de prisão. A pena foi reduzida posteriormente para 10 anos com base na ausência de provas relacionadas às acusações; porém, numa atitude totalmente infundada, a sentença original foi reinstalada em setembro de 2010, e os sete cumprem pena no presídio de Gohardasht, num município próximo a Teerã. As acusações incluem espionagem, espalhar corrupção na terra, propaganda contra a República Islâmica, estabelecimento de uma administração ilegal, entre outras. Organizações internacionais como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional classificam-nos como prisioneiros de consciência.

Manifestações internacionais em defesa dessas sete lideranças vem sendo realizadas ao longo dos anos, solicitando sua imediata libertação. No Brasil, quase 8 mil máscaras com os rostos dos prisioneiros foram dispostas nas areias de Copacabana em 19 de junho de 2011, numa mobilização que ganhou destaque mundial. Em 18 de setembro daquele ano, durante a quarta edição da Caminhada pela Liberdade Religiosa, seguidores de diversas religiões se uniram aos bahá'ís brasileiros para clamar por justiça e liberdade religiosa no mundo, tendo como destaque o caso dos sete bahá'ís. Na ocasião, mais de 180 mil pessoas foram à Avenida Atlântica, em Copacabana, para pedir paz e tolerância.

Criada em 2007 por um grupo de ativistas de direitos humanos, a Campanha Internacional pelos Direitos Humanos no Irã (ICHRI, sigla em inglês) convoca a população mundial a se levantar em defesa das vítimas oprimidas pelo governo iraniano. Em dezembro de 2011, a ICHRI lançou o movimento ・Libertem Imediatamente Sotoudeh", utilizando-se do caso da advogada iraniana Nasrin Sotoudeh ・ presa no dia 4 de setembro de 2010 por defender o fim da pena de morte como punição para crianças e adolescentes, entre outros temas ・ para dar visibilidade mundial aos inúmeros prisioneiros políticos existentes no Irã.


Extremismo religioso versus direitos humanos

O Irã é um dos estados-parte do sistema das Nações Unidas, e portanto está sujeito aos compromissos que assumiu diante da comunidade internacional. Dentre esses compromissos estão a garantia, promoção e defesa dos direitos fundamentais de todo ser humano, incluindo a igualdade entre mulheres e homens, o direito à educação e à liberdade de crença ou religião. Ainda assim, casos de violações de direitos humanos são algo constante naquele país.

Ao contrário do que haviam acreditado seus idealizadores, a Revolução Islâmica de 1979 trouxe restrições aos direitos e liberdades que culminaram com o estabelecimento de um estado teocrático, em que todas as normas e regulamentos passaram a ser submissos a uma interpretação enviesada dos preceitos religiosos do Islã. Entre as diversas questões suscitadas por esta submissão está uma crescente categorização dos cidadãos iranianos com base em suas crenças religiosas. Ultrapassando os limites do que vem sendo chamado de ・manutenção da ordem・ e "promoção da segurança nacional", adeptos de religiões diferentes daquela adotada como oficial ・ o islamismo xiita ・ sofrem severas privações e, em muitos casos, perseguições.

Apesar de esta situação se estender a seguidores da fé cristã, judaica, zoroastriana e muitas outras minorias presentes naquele país, as vítimas mais constantes de perseguições são provavelmente os bahá'ís. Uma política oficial de extermínio desta população religiosa foi desenvolvida no início da década de 1990 e está em pleno vigor nos dias de hoje. Os bahá'ís são impedidos do acesso às universidades, sofrem severos impedimentos no campo do trabalho, não têm os mesmos direitos básicos que outros cidadãos iranianos e, entre outras privações, enfrentam grandes dificuldades para enterrar seus mortos.

Saiba mais em http://www.bahai.org.br/noticias/perseguicao/.

_____________________________________________________________________________

Sônia
atom

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários que contribuam para melhorar o BLOG,Mensagens similares,voltadas para o bem-estar humano.
paz,unidade,educacao,cidadania,familia,espiritualidade,direitoshumanos,bahai