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terça-feira, 10 de maio de 2011

Que LAR é esse? O abrigo enquanto espaço de acolhimento para crianças e adolescentes

Que LAR é esse? O abrigo enquanto espaço de acolhimento para crianças e adolescentes: "

http://anjoseguerreiros.blogspot.com/2011/05/que-lar-e-esse-o-abrigo-enquanto-espaco.html
O conceito de moradia estabelecido pelo homem ao longo da história, compreende-se como o local onde seus moradores têm privacidade e onde o período mais significativo das suas vidas se desenvolve. É nele que o ser humano recebe os ingredientes básicos, indispensáveis para a formação da personalidade humana. O primeiro abrigo começa no ventre materno e se estende até o nascimento, quando é recebido pela vida do lado de fora. Mas quando esse abrigo deixa de ser o lar natural, surgem outras opções:guarda, tutela, adoção e, quando esgotadas todas as demais possibilidades, surge o ABRIGO, enquanto espaços de acolhimento para crianças e adolescentes. Mas que Lar é esse? Também gostaria de saber, pois a realidade de muitos Abrigos não condizem com as normas determinadas pelo ECA. A maioria deles, espalhados por todo país, estão longe de assegurar às nossas crianças e adolescentes, tudo aquilo que por Lei lhes são garantidos. São crianças e adolescentes carentes de apoio pedagógico, jurídico, psicológico, social e, principalmente afetivo, vivendo em verdadeiros depósitos, sofrendo a violação dos seus direitos, amargando o gosto do esquecimento até completar a maioridade, quando são devolvidos às ruas ou retornam para o círculo de violências de onde saíram. Que Lar é esse? Também é certo que toda regra tem exceção e sei também que ainda existem ( poucos) abrigos capazes de oferecer às nossas crianças e adolescentes tudo aquilo que eles jamais receberiam no lar natural e de onde saíram após serem violentados de todas as maneiras. Continuando, quero dizer, que embora o ECA nos seus artigos 92, 93 e 94, além do parágrafo único 101, determine que o Abrigo deve ser medida excepcional e transitória, o que vemos é o crescente número de crianças e adolescentes abrigados sem receber o devido investimento na manutenção dos seus vínculos familiares e na integração da familia substituta. São pequenos indefesos que vão dormir sem um abraço carinhoso de boa noite, sabendo que a sua insônia, seus pesadelos e suas angústias, não serão divididos com ninguém. Um outro contraste observado, é que diante da falta de programas e apoio sócio familiar que possam atender a demanda das comunidades, alguns Conselhos Tutelares sem antes passar pela autoridade judiciária, aplicam exageradamente as medidas de abrigo, arrancando crianças e adolescentes de suas famílias e comunidades, sem antes intervir na dinâmica familiar. Normalmente o retorno dessas crianças e adolescentes ao lar natural não ocorre a curto prazo, pois depende da agilização da equipe técnica dos abrigos (quando existe) e da própria justiça da Infância e Juventude. Essas ações de alguns Conselhos Tutelares vêm sendo equivocadamente aplicada em vários municípios brasileiros e diante dessa violação aos direitos de crianças e adolescentes, a medida de abrigamento vem sendo excessivamente aplicada, sem que se busque meios menos radicais. Não seria mais fácil a justiça aplicar o artigo 130 e retirar o agressor do lar ao invés de punir os inocentes? Fica aqui a minha indagação e indignação. A justiça por sua vez, precisa deixar de ser um espaço apenas burocrático, com aglomerado número de ocorrências e processos, articulando entre todos que possam contribuir na tentativa de mudar o triste quadro de crianças e adolescentes institucionalizados, para que estes não percam os melhores anos das suas vidas esperando voltar para casa, ou encontrar um novo Lar. 'Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade Mais do que de inteligência, de afeição e doçura' (Charlie Chaplin) Arytan Lemos Feira de Santana - Bahia Finalista do sexto concurso causos do ECA
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Uma boa indagação e com solução realmente dificil....
Falta melhor acompanhamento da situação das crianças.
No passdo quando as crianças sofriam violações na família, havia suporte de avós, tias e tios, madrinhas.
Com a urbanização e deslocmaneto de pessoas para longe de seus parentes, a situação ficou muito complicada...
Mas realmente. o que vemos são abrigos realmente ineficazes, na sua maioria e também Conselho Tutelares frágeis..

Necessário se rever a situação do fortalecimento familiar - muitas das crianças que estão sobre guarda ,grande parte delas são  filhos e filhas de mães,  desprovidas de condições economicas, sociais e até afetivas,, cpm baixos salários..péssimas habitações.
As crianças sofrem agressões mentais, fisicas  tantos dos homens adultos sejam seus pais, padrastos  ou companheiros de suas mães, mas também das mães,,.

E dever do estado entretanto .manter serviços de atendimentos com pessoal capacitado, o que nem sempre acontece, nem os abrigos são instalados com dignidade....

Eduquemos as mulheres, fortaleçamos sua dignidade e auto-estima, pois são as mães as futuras educadoras da humanidade.
Esta situação está virando uma bola de neve mesmo !
Sõnia

Uma oração para todas as crianças....pois também falta a presença do fortalecimento interior através de uma espiritualidade dinâmica, saudável, como estimular orações junto com as crianças nos abrigos.
Ou achamaos que apenas os mecanismos sociais e humanos serão suficientes para enfrentar tamanha adversidade?


Se a sociedade visse todas as crianças como sendo suas próprias, talvez a solidariedade pudesse ser de grande valia...
A solidariedade do afeto e do aconchego, e não apenas do alimento material...



Sõnia - boa -noite !

Um comentário:

  1. Parabéns ao autor do texto Que Lar é esse? Infelizmente essa é a realidade de muitos abrigos que servem mais como depósitos de crianças...

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