Numa declaração dirigida à Conferência, afirma-se que a ideia de uma "tutela de abrangência mundial" desafia as “bases éticas de lealdades que não vão além do Estado-nação.” E acrescenta: “ Enquanto um grupo de nações achar que os seus interesses estão em oposição a outros, o progresso será limitado e de curta duração”.
Entre as outras áreas destacadas pelo BIC estão: a necessidade de uma abordagem baseada em princípios de tomada de decisão colectiva e a importância de abordar os dois extremos do espectro pobreza-riqueza.
Mais de 80 chefes de Estado e de Governo, juntamente com cerca de 50.000 representantes de organismos internacionais, sociedade civil, e outros grupos, participaram da Conferência, que teve como objectivo avaliar o progresso no desenvolvimento sustentável desde a Cimeira da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992.
Uma economia verde e o quadro institucional, foram os dois temas principais em discussão, relativos ao desenvolvimento sustentável, que foram abordados pela BIC, em numerosos fóruns durante as últimas semanas.
O Secretário Geral da ONU na abertura da Conferência Rio+20 |
Participaram na Rio+20 treze delegados da BIC, o que representa uma grande diversidade de origens. “O ponto em comum nas nossas contribuições foi o aperfeiçoamento da humanidade”, disse o delegado Daniel Perell. “Procuramos trocar ideias sobre temas como a tutela e a unidade da humanidade - tudo com o objectivo geral de ajudar a criar uma civilização justa, e global, que seja sustentável a longo prazo”.
Além de participar da Conferência principal, os bahá'ís também organizaram, co-patrocinaram, ou participaram de uma vasta gama de eventos e conferências paralelas, nomeadamente:
Um painel de discussão sobre a “eliminação dos extremos de riqueza e pobreza num contexto de economia verde”, que explorou as dimensões sociais, económicas e morais da crescente desigualdade de rendimentos.
Participação na “Blast Juventude” - uma conferência paralela das Nações Unidas para os jovens, realizada de 7 a 12 de Junho; patrocinou um workshop interactivo sobre “tutela no contexto do desenvolvimento sustentável.”
A re-dedicação de um monumento à paz, construído em 1992 pelo BIC e pela comunidade Bahá'í do Brasil, como uma contribuição para a Cimeira da Terra. A escultura em forma de ampulheta contém terra de quase 150 países. Assistiram à cerimónia, Sha Zukang - Secretário-Geral da Rio +20 e Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro.
Assistência na Cimeira dos Povos, no Rio de Janeiro, em paralelo com a conferência da sociedade civil. Os Bahá'ís brasileiros estiveram envolvidos na organização de workshops sobre “princípios espirituais para o desenvolvimento” e “papel social das religiões”.
“Somos desafiados aqui na Rio+20 a olhar para além do interesse nacional e das fidelidades, e a preocuparmo-nos com o bem-estar do todo”, disse Daniella Hiche, directora dos Direitos Humanos, da Comunidade Bahá'í do Brasil, numa conferência de imprensa realizada na sede da Rio+20.
A delegada da BIC, May Akale, resumindo todo o evento, observou: “Os desafios são complexos, as expectativas da humanidade são elevadas, e as decepções no ritmo do progresso podem ser profundas”.
“O que é óbvio é que estamos a evoluir para uma acção unificada. Ainda há muito a fazer, mas as possibilidades de relacionamento para desenvolver e avançar na implementação do que foi acordado no Rio são infinitas. E essa é a fonte de grande esperança e optimismo”.
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FONTE: Rio+20: "Hope and optimism" for unified action (BWNS)
atom
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