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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

[Comunidade Bahá'í do Brasil] Estudantes brasileiros levantam suas vozes para defender o direito à educação no Irã

Campanha: "Você pode fazer isso ? "
---------- Mensagem encaminhada ----------

Data: 7 de dezembro de 2011 14:52
Assunto: [Comunidade Bahá'í do Brasil Estudantes brasileiros levantam suas vozes para defender o direito à educação no Irã !

Cerca de quinhentos estudantes da Universidade de Brasília – UnB engajaram-se em uma campanha internacional para defender o direito dos estudantes iranianos de terem acesso às universidades em seu país. De 21 a 23 de novembro, eles tiveram a oportunidade de saber mais sobre a situação enfrentada por seus pares no Irã, os quais são impedidos do acesso à educação superior.

“As pessoas são impedidas do direito de estudar porque defendem direitos de estudantes, direitos das mulheres, ou porque são seguidores da Fé Bahá’í”, diz Lia Cruz, que atualmente está cursando o mestrado em Letras na UnB.

Com o apoio de cerca de 20 outros voluntários – a maioria dos quais estudantes da Universidade – ela e seu marido Regis D’Anton organizaram uma exposição de banners, vídeos e outros materiais relacionados à campanha Você Pode Resolver Isso?, recentemente lançada em português. “Muitos foram atraídos pelos cartazes com o código QR que faz um link direto a página da web”, disse Regis. “Mas, a maioria das pessoas queria saber mais sobre a perseguição aos bahá’ís no Irã e sobre os princípios da Fé Bahá’í. Alguns passaram mais de uma hora conversando conosco, fazendo perguntas e expressando sua indignação”, prosseguiu ele.

Com um computador conectado à internet, os estudantes e a faculdade puderam ter acesso à página da versão brasileira da campanha, na qual é possível enviar cartas aos Ministros da Educação, de Relações Exteriores e de Direitos Humanos do Brasil, pedindo que tomem medidas para defender o direito dos estudantes iranianos à educação. Cartas foram enviadas também ao secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, e a Navy Pillay, Alta Comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Antônio Marques está no último ano de Filosofia da UnB e foi um dos estudantes interessados em participar da campanha. “O que está em jogo não é apenas uma questão fé. Tem a ver com valores”, disse ele. Antônio considerou a campanha bastante informativa e enfatizou a importância de aumentar a consciência da situação imposta pelo regime iraniano. “Estas violações não são exclusivamente de religião, elas envolvem política, economia lei e cultura”, justifica.

Repercussão nacional

A campanha na UnB provocou o interesse da TV Band, uma das maiores emissoras de televisão do país. Uma entrevista com Hasti Khoshnammanesh – que deixou o Irã por causa das severas restrições impostas aos bahá’ís pelo governo – foi transmitida em cadeia nacional no Jornal da Noite apresentado pelo renomado jornalista Boris Casoy.


Hasti é graduada pelo Instituto Bahá’í de Educação Superior – BIHE. Ela falou a respeito da negativa de acesso à educação a estudantes bahá’ís e dos ataques ao Instituto quando ela ainda se encontrava no Irã. “Agentes do governo invadiram nosso laboratório de informática. Levaram computadores, equipamentos e destruíram todo o resto. Não deixaram nada”, lembra ela. Agora ela reside em Brasília com seu marido e sua filha de sete anos, e é professora numa escola local – um sonho que não poderia se tornar realidade se ela tivesse permane
cido em seu país.

A reportagem mencionou que atualmente há cem bahá’ís atrás das grades no Irã, incluindo as sete lideranças bahá’ís, detidas em 2008, e diversos educadores do BIHE.

“Como cidadã brasileira, eu, jovem, estudante, quero que meu país reflita na sua política externa os princípios de direitos humanos que são garantidos pela Constituição”, disse Mary Aune, outra participante da campanha entrevistada pela TV Band.


“A religião bahá’í está sendo perseguida violentamente pelo governo teocrático do Irã, e o governo brasileiro, cheio de 
dedos com os aiatolás, assiste a tudo silenciosamente”, disse Boris Casoy, referindo-se à abstenção nas Nações Unidas em 21 de novembro, durante a votação sobre a resolução que condenou o Irã pelo seu histórico de direitos humanos. “Isto é uma vergonha!”, declarou ele.

Levantando vozes em todo o Brasil

A Universidade de Brasília (UnB) é conhecida pelo seu tradicional envolvimento em movimentos sociais pela liberdade e direitos humanos. Ela foi fundada no início dos anos 1960, quando o Brasil estava sob o governo militar, e desde então os estudantes de todas as partes do país se reúnem no campus para discutir questões sociais e tomar posição diante da injustiça. “Foi a primeira universidade pública a instituir ações afirmativas para permitir o ingresso e permanência dos estudantes negros”, esclarece Lia.


“Eu acredito q
ue este ativismo contribuiu bastante para o que a UnB representa hoje”, diz Lia, “e por isso achei que seria o melhor espaço para mobilizar estudantes em defesa dos direitos humanos dos jovens no Irã.”

Em setembro d
esse ano, ela e seu marido participaram da 4ª edição da Caminhada pela Liberdade Religiosa, para a qual Regis contribuiu com a elaboração de diversos materiais para chamar a atenção da perseguição sofrida pelos seus correligionários na República Islâmica. Organizada pelo Comitê de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) do Rio de Janeiro, a Caminhada foi realizada na orla de Copacabana, onde 18 mil pessoas de todas as religiões e credos se reuniram para manifestar contra a intolerância religiosa.

“Quando voltamos a Brasília, muitos dos meus colegas e professores da Universidade perguntaram se iríamos fazer um evento semelhante aqui”, disse Lia. “Regis e eu decidimos então mobilizar pessoas em torno da Campanha Você Pode Resolver Isso?

Enquanto ela se engajou em fazer todos os arranjos para obter permissão para organizar a campanha no campus, Regis concentrou-se no desenvolvimento de materiais visuais para o evento. Eles convidaram amigos de todas as origens para se tornarem parte do projeto. “As pessoas ajudaram conforme sua disponibilidade. Algumas distribuíram cartazes pela universidade, outras ajudaram no contato direto com o público, ofereceram transporte, trouxeram lanches... essa unidade foi essencial para o sucesso da campanha”, disse Lia.


O jovem casal ag
ora planeja ajudar outros jovens a organizar eventos semelhantes em universidades em todo o país. “Estamos preparando um livreto com todas as informações sobre a campanha, sugestões de pessoas que podem ser contatadas nas universidades, estratégias para envolver a comunidade e atrair a mídia”, esclareceu Regis. “Os arquivos com as artes dos banners e folhetos também serão disponibilizados para quem quiser levar a campanha para suas escolas. Amigos em Mato Grosso e Manaus já nos contataram para pedir esses materiais”, comemorou.

“Somos todos responsáveis por aqueles que têm seus direitos negados por motivos de intolerância religiosa. Somos uma família. Essas pessoas ficariam felizes em saber que não estão sozinhas”, concluiu ele.

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